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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Vale Meus Tostões: Bilionários Por Acaso - A Criação do Facebook


Talvez o maior erro do livro de Ben Mezrich tenha sido a adaptação pro cinema dirigida por David Fincher. Bilionários Por Acaso - A Criação do Facebook se propõe a contar a história da rede social mais bem sucedida da história por meio de uma narrativa dramática. Porém, aos mais apressados, o livro não vale os 29,90R$ (preço médio) que é vendido e nem os minutos de leitura.
Em 2003, os amigos Mark Zuckerberg e Eduardo Severin criaram o que se tornaria a rede social mais utilizada e bem sucedida da história da internet. Em cima de entrevistas, reportagens, e até mesmo documentos, Ben Mezrich escreveu uma narrativa divertida e de bom ritmo para a história dos dois amigos programadores. Decisão essa que pode ser classificada como corajosa por parte de Mezrich uma vez que não é muito comum vermos relatos biográficos descrito sob narrativas dramáticas.

A energia juvenil que o filme de Fincher passa durante o longa é reflexo da narração de mesmas características trazidas por Ben Mezrich. Os relatos da trama (se é que posso dizer isso) são postos de forma que você questione as atitudes de Zuckerberg e isso se torna um bom ponto, mas também um pecado da narrativa. São muitas as vezes que partes do livro parecem querer glamorizar a imagem de Mark e, por outras, em contramão, torna-lo um anti-herói. Apesar de interessante, tomando Mark como um personagem, sua persona fica indefinida e ambígua na trama; como se o autor não tivesse achado um equilíbrio necessário. O mesmo acontece com Eduardo que ora é retratado como o freio de mão do desenvolvimento dramático positivo para Mark e ora é retratado como o injustiçado.
Quando ao inicio desse post citei que talvez o maior erro de Ben Mezrich tenha sido a adaptação pro cinema de seu livro, eu não economizei. Isso resume realmente o problema do livro. Por ser uma narrativa dramática de fatos reais, parecia meio óbvio que o roteiro cinematográfico ia ficar a mesma coisa que o livro. Porém, os fatos trago ao livro na ordem disposta por Mezrich conversam muito melhor em um filme de duas horas do que em um livro de 220 páginas. Sensação de estar lendo uma matéria de jornal ruim, pensei ao terminar o livro. E é verdade. Não é muito mais do que isso.

Então, não vale seus tostões, amigo (a).

Por: Danilo Silva



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