Seguindo
o conceito de trazer para as telas grandes super heróis mais realistas, no
último dia 12 chegou aos cinemas brasileiros O Homem de Aço, com a promessa de nos
apresentar um novo Superman.
Dito
e feito, o diretor Zack Snyder (de “300” e “Watchmen”), acompanhado por
Christopher Nolan na produção e David S.
Goyer no roteiro (ambos da trilogia “O
Cavaleiro das Trevas”), não falhou em contar de uma forma diferente e
apresentar um ponto de vista alternativo para uma história que quase todos já
conhecem. Esse outro ponto de vista pode ser notado logo no início do filme: As
primeiras cenas são inteiramente passadas em Krypton, flashbacks do momento
anterior a quando nosso conhecido Clark Kent (Henry Cavill) ser enviado ao
planeta Terra.
Inclusive,
os flashbacks são um ponto característico do filme. A trama é contada de uma
forma não linear que a cada momento aproxima mais o Clark adulto de todas as
experiências que teve enquanto crescia, como a relação com sua família e
convivência com as pessoas que não conheciam seu segredo, deixando mais humano
o personagem cujo dilema principal é não se adaptar a um ambiente em que é
intruso.
Outra
vantagem das várias cenas ambientadas num tempo passado é a oportunidade que
temos de apreciar o trabalho ótimo dos atores que interpretam personagens
secundários, mas que têm grande importância no enredo, como Kevin Costner e
Diane Lane (Jonathan e Martha Kent) Amy Adams (Lois Lane), Russel Crowe (Jor-El)
e Michael Shannon (o antagonista, General Zod). Henry Cavill também mostra seu
potencial. Fica claro que o ator dá vida à seu próprio Super Homem, sem copiar
traços de interpretações anteriores que também fizeram sucesso e estabeleceram
a imagem mais conhecida do herói (lê-se Christopher Reeve).
Claro,
o filme não é isento de alguns erros. Lois Lane, por exemplo, é bem utilizada
na trama, exceto no que seria sua função principal: ser o par perfeito de
Clark. A relação criada entre os personagens é fraca, o que resulta num amor
extremamente forçado. Há também o excesso de explicações desnecessárias,
colocadas em várias cenas que por si só já são compreensíveis.
Efeitos
especiais e sequências de lutas corporais aqui não faltam. Assim como cenários
bonitos e, principalmente, a fotografia, que equilibra muito bem as cenas
escuras e coloridas, para cada momento do filme. Assistir em 3D é, sem dúvidas,
recomendado.
Dentre
tantos méritos, há um que talvez seja o mais icônico (pelo fato de não ser
comum em filmes de super heróis), que é o olhar filosófico apresentado. De um
lado, temos nós humanos, sem esperanças, lidando com uma das nossas principais
questões sobre a vida (estamos sozinhos no universo?). Do outro, temos um Clark
Kent que começa agora a conhecer a si mesmo e seu propósito em nosso mundo. A
figura do Superman como um messias é explícita, contando inclusive com algumas
referências que montam um paralelo do herói com Jesus Cristo, como a idade de
Clark (33 anos) e a forma como ele é enviado à Terra.
Depois
de tanto mergulhar na história, é impossível ver subir os créditos sem ansiar
por um pouco mais. Decididamente, O Homem de Aço pode ser o filme que trará a
figura mais conhecida dos quadrinhos novamente ao sucesso no cinema.
Gostei do review, e acredito que o excesso de explicações desnecessárias seja uma característica do Nolan, eu pelo menos sinto muito isso nos filmes dele. Quanto a relação Clark Kent e Lois Lane creio que ela ainda não existe, na minha opinião oque existe é uma atração da Lois pelo herói Superman.Espero que o próximo filme mostre um Superman mais maduro e que de início a uma ponta para o filme da liga da justiça.
ResponderExcluirBom, também espero um gancho para o filme da Liga da Justiça. Se continuarem seguindo o mesmo padrão, vai ser difícil dar errado.
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