Para todos que já assistiram a
primeira parte da nova trilogia inspirada no mundo de Tolkien, O Hobbit – Uma Aventura
Inesperada, a expectativa para este segundo filme era ainda maior. E o diretor
Peter Jackson não decepciona: nessa segunda parte, a trilogia fica ainda melhor
e se prepara para um desfecho sensacional.
Além de um melhor aproveitamento dos
elementos que mais chamaram atenção no primeiro filme, principalmente ligados a
qualidade visual do longa, em A Desolação de Smaug, há um desenvolvimento mais
sombrio da história, diminuindo o tom humorístico e aumentando as cenas de
ação.
Com o objetivo de adaptar a história
para uma versão mais adulta, Peter Jackson acrescenta vários elementos que não
estão presentes no livro de Tolkien. O exemplo mais perceptível é a elfa
Tauriel , interpretada por Evangeline Lilly (Lost): cada uma de suas cenas dá
um toque feminino que o livro não tem. Da mesma forma, algumas das cenas de
ação são incrementadas ou sofrem algumas mudanças, tornando-se mais
interessantes aos espectadores do que seriam se fossem reproduzidas respeitando
todos os detalhes da obra original. Todos esses recursos, apesar de não serem
essenciais para o desenvolvimento da trama, aparecem de forma natural, sem
prejudicar a aventura inesperada de Bilbo (Martin Freeman) e os anões para
alcançar a Montanha Solitária.
A experiência visual de assistir o
filme, com os cenários incríveis e os 48 quadros por segundo, continua tão boa
quanto na primeira parte. Pra ajudar no quesito, agora ainda temos o dragão
Smaug (Benedict Cumberbatch), tão belo quanto assustador.
Com 161 minutos, o tempo de duração de
A Desolação de Smaug serve tanto como ponto positivo quanto negativo. Por um
lado, algumas cenas são perceptivelmente aproveitadas ao máximo, sem pressa e
deixando o espectador satisfeito. Por outro, há cenas cansativas e com vários
minutos dispensáveis, e ainda assim, nem todos os personagens são explorados.
Com bem mais acertos do que erros, Peter Jackson
faz, de novo, um ótimo trabalho. A excitação aumenta em cada cena e, por fim,
somos surpreendidos com um final inesperado na melhor parte do filme (claro), ficando
com a sensação de “quero mais” que infelizmente só vai ser saciada no próximo
ano.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
O Hobbit - A Desolação de Smaug - Crítica
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