Pages

terça-feira, 25 de junho de 2013

O (não tão) Grande Gatsby

Os mais rápidos já devem ter assistido ao esperado filme dirigido por Baz Luhrmann (Moulin Rouge, Romeu + Julieta), que chegou aos cinemas brasileiros no último dia 7. Mas para aqueles que não viram ainda, pensar duas vezes antes de comprar os ingressos é uma ótima dica.

O longa, adaptação da obra de  F. Scott Fitzgerald, acompanha Nick Carraway (Tobey Maguire), um jovem que, em busca de sucesso no mercado de ações, se muda pra Nova York nos prósperos anos da década de 20. Em meio às festas da alta classe, se vê amigo do misterioso (e milionário) Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), que pouco depois descobre ser apaixonado por sua prima, Daisy Buchanan (Carey Mulligan), casada com Tom Buchanan (Joel Edgerton). Conforme acontece a reaproximação de Gatsby e Daisy, fica cada vez mais tensa e perigosa a situação dos personagens.

Em meio a festas sem fim e cenários extravagantes, fica claro que a principal ideia do filme é retratar o contraste “bolso cheio/coração vazio” presente em quase todos que fazem parte da trama. Tarefa, em partes, bem sucedida. Principalmente por conta do ótimo trabalho de todo o elenco.

As Festas Eram Maiores

Tobey Maguire, claro, nunca deixa a desejar interpretando o jovem ingênuo e bem intencionado. Assim como Carey Mulligan e Leonardo DiCaprio, este com seu já muito conhecido talento sempre evidente. Joel Edgerton se destaca, mesmo com um personagem secundário, principalmente por não perder as rédeas mesmo em meio às variações de humor de Tom Buchanan.

Fotografia e Direção de Arte também nos dão uma produção visualmente prefeita, assim como os belos figurinos. São esses, junto com a atuação, os pontos que permitem que a experiência de assistir aos 142 minutos de filme não seja uma completa decepção.

East Egg

Infelizmente, em vários momentos, os erros se sobrepõem aos acertos. A começar pelo roteiro que, mesmo com ótimo enredo e ótimos atores, não consegue aprofundar o espectador na trama, utilizando por diversas vezes uma narração exagerada para preencher lacunas que não existiriam se os personagens fossem melhor aproveitados.

A trilha sonora, que mistura músicas atuais de artistas como Lana del Rey, Beyoncé, Jay-Z  e Jack White com o clima de festas da década de 20, oscila do início ao fim: ora funciona perfeitamente, ora se mostra apenas desnecessária.


Com essa quarta adaptação da obra de F. Scott Fitzgerald, em meio a tantos aspectos positivos e negativos, a conclusão a que se chega é que, ao fim de tudo, temos todos os ingredientes para sair da sessão tanto satisfeitos quanto decepcionados.




Por: Matheus Souza

0 comentários:

Postar um comentário