Nesse exato momento, cerca de 30 mil pessoas estão assistindo filmes pornográficos.
Desde que o homem percebeu que podia capturar imagens e guarda-las para com ele para sempre, por que não fotografias de mulheres - ou homens - nus? Isso aumentou ainda mais quando o cinema surgiu. Apesar de criticado, o cinema pornô é a expressão mais sincera que há nesse meio, pois por ele não há nenhum tipo de subjetividade e nenhum tipo ensinamento (a menos que seja Kama Sutra), pois o gênero se trata sobre o ato mais primordial quando se trata de prazer: o sexo.
O ser humano é movido a sexo e muita coisa (alguns filósofos diriam tudo) giram, se não em torno do sexo, em torno do prazer. Se você estuda cinema ou se aprofunda no assunto por curiosidade deverá saber alguma hora que o cinema é um meio de escape da realidade, onde o espectador busca se sentir realizado e entretido. Já imaginou dirigir um carro disputando uma corrida contra o Vin Diesel? Já imaginou ir à Marte com o Jared Leto? Já imaginou viver o drama de um rei britânico que sofre de gaguice? Provavelmente, não só imaginou, mas como viveu isso quando viu esses devaneios virarem realidade diante de seus olhos. A industria pornô se baseia nesse conceito primordialmente, ela se trata sobre o desejo mais natural do ser humano e nunca irá gastar sua formula.
Para analisar isso à fundo, vamos fazer um exercício bem rápido. Pense em Pulp Fiction - filme de Quentin Tarantino de 1994, aclamado pela critica - e compare com o melhor filme pornô que você já viu (seja sincero). Em Pulp Fiction acompanhamos vários personagens e seus pontos de vista, a sensação que o filme sempre deixa após o termino é: Se estivesse naquele universo, eu seria o bad guy e não o policial. Esse desejo é sincero, pois temos a mania de tender a aceitar o que mais nos bajula, e Tarantino faz isso muito bem com seus personagens magníficos cuspindo frases marcantes e vivendo situações que só seriam posseis em um filme. Por outro lado no filme pornô que você escolheu como comparação, tantos elementos, como os que podem ser extraídos de Pulp Fiction, não podem ser extraídos do filme pornô. Por quê? Porque o filme pornô é dinâmico e te agrada já de cara (ninguém assiste filme ruim no mundo pornô), é um cinema sincero e objetivo que tem apenas uma formula de sucesso: Uma pessoa desejável, uma situação propícia e onírica e, claro, o prazer. Essa formula nunca irá envelhecer.
Não estou dizendo que todos os filmes agora devem ser superficiais, nunca. Pelo contrário, para mim, um bom filme pode ser o quão subjetivo quiser, mas ele deve fazer isso dinamicamente ou seja, de uma forma que não fique chato e repetitivo. O cinema pornô nunca precisou se preocupar com isso. Então, pare de vergonha, porque não importa se você gosta da Sasha Grey ou da Faye Reagan, o argumento aqui é: Todos assistem e todos assistirão.
Por: Danilo Silva
0 comentários:
Postar um comentário