Há
pouco tempo, as apostas para Guerra Mundial Z eram predominantemente negativas.
Poucos foram aos cinemas com esperança de ver um bom filme. Não sem razão, já
que a produção passou por vários problemas durante o processo de filmagens, o
que resultou em várias alterações de roteiro, milhões de dólares gastos, data
de lançamento adiada e um final completamente diferente do previsto.
Felizmente, ainda assim, é mais fácil sair da sessão satisfeito do que
decepcionado.
O
filme, com a direção de Marc Forster e baseado no livro de mesmo nome do
escritor Max
Brooks, tem o enredo bem simples: Gerry Lane (Brad Pitt) um
ex-investigador da ONU, é recrutado pelo governo estadunidense para descobrir
as causas que levaram a epidemia de uma doença que transforma as pessoas em
zumbis. Pela chance que tem de manter sua família em segurança, ele aceita a
missão. A partir daí, acompanhamos sua jornada por vários lugares do mundo em
busca de respostas.
A
primeira cena já apresenta um dos melhores aspectos do filme: tensão. Logo nos
primeiros minutos, temos uma sequencia angustiante de perseguição e fuga. Com a
multidão correndo pelas ruas, as várias tomadas aéreas nos mostram a dimensão
do problema e, de quebra, também assustam, mostrando a velocidade com que os
mortos-vivos se locomovem (isso mesmo, os zumbis correm!). Todos esses pontos,
somados, colaboram para manter o espectador atento à trama e, sobretudo, dão ao
filme uma característica própria.
Os efeitos especiais também funcionam bem, e os cenários se alternam:
ora espaços fechados e escuros, ora espaços grandes e ao ar livre, porém igualmente
claustrofóbicos por causa da multidão. O que atrapalha é a câmera rápida e
incessante, que dificulta muito a visão em várias cenas.
Todo
o contexto para explicar as características da epidemia (até onde ela é
desvendada) é bastante realista e até aplicável como situação real e, além da
ação e da aventura, também são abordados alguns temas interessantes como
superpopulação e o envolvimento político diante do desastre de dimensão global.
Fica
claro que Brad Pitt é talvez o maior responsável pelo trabalho bem sucedido, e não
só por ser o protagonista. O roteiro, que não permite conhecermos a fundo
nenhum dos outros personagens, joga todo o filme em suas costas, e mesmo assim
o ator não decepciona.
E
para aqueles que já assistiram e não se agradaram com o final, uma boa notícia:
segundo a Paramount, Guerra Mundial Z já foi confirmado para ganhar uma
sequência, graças ao sucesso de bilheteria no mundo todo durante a semana de
estreia.
É
a chance que fica para que os responsáveis pela continuação consigam acabar com
algumas pontas soltas deixadas até aqui.
Concordo com você. O roteiro joga toda a responsabilidade nas costas do Thor... Digo, do Brad Pitt. O filme, apesar de não ser ruim, não foi algo que me satisfez. Logo no início do filme, uma rajada de adrenalina é jogada na sua cara sem background nenhum e o filme parece ter sido mais arranjado do que planejado. Porém, as cenas de ação são muito boas e o Brad Pitt, como de costume, dá um show.
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